Cavaleiro da Estrela Guia (Trecho)
~ Quem é você?
Agora suas lágrimas caem como uma fonte de água morna. -
Eu choro a sua dor e purifico a sua alma. O que veio fazer aqui?
Não foi devolver sua Estrela à sua amada Sereia?
Não chorou tantas vezes à sua amada Sereia?
Será que, se não amasse a sua Sereia, viria atrás dela no momento de sua partida?
Assim como suas companheiras choravam sua ausência durante suas viagens para a distribuição do consolo aos aflitos, você também chorava a ausência da sua Sereia. Era como elas, sentia a ausência de sua Sereia, mas, mesmo assim, nunca abandonou a única coisa que ela lhe deu uma Estrela Encantada, que você guardou como sinal de que ela o amava. Não era assim, Pescador?
- Sim, era assim. Quantas vezes eu vinha atrás da minha Sereia, mas não a encontrava. A única coisa que provava sua existência era sua Estrela Encantada que me consolava na sua ausência. - Assim como suas companheiras, que também se consolavam da sua ausência com o amor que você lhes dedicou. Por que chora com os olhos, Pescador?
Eu já não estou mais derramando lágrimas, são lágrimas suas que correm pelo seu rosto. _ Quem é você, bondosa criatura, que sabe como consolar os aflitos?
Não é uma limpadora de peixes, eu sei que não é. Quem é você, criatura?
- Eu sou aquela que limpa os peixes que devem servir de alimento a seus semelhantes. Devo dar-lhes força para continuarem suas caminhadas na terra. Eu purifico e fortaleço aos guerreiros que lutam com as armas divinas. Eu sou serva obediente do Criador de tudo e de todos. Porque não abres os olhos para ver quem sou, Cavaleiro da minha Estrela?
Você é o meu Cavaleiro da Estrela da Guia. -
Então, você é a minha Sereia Encantada. Pena que não posso vê-la, minha adorada Sereia! - Abra os olhos!
Você pode me ver! Deixe os olhos da carne, e use os olhos da alma. - Sim, eu a vejo agora. Linda como da primeira vez. Por que só agora se mostra para mim?
Por que nunca mais se mostrou quando eu vinha à sua procura? - Porque o peixe ainda estava sendo consumido pelos que tinham fome. Agora que foram servidos, eu venho buscar o peixe para devolvê-lo ao maior dos pescadores. Abrace-me, meu Pescador, eu vou levá-lo até Ele. O Pescador abraçou sua Sereia e teve seu espírito arrancado do corpo de forma suave, após exalar um leve suspiro. Quando sua cabeça pendeu na areia, seus dois amigos, Solda-Manhã e o Cavaleiro das Três Cruzes se aproximaram. -
Você viu, Pajé, o que eu vi?
- Sim, eu vi, Mago. E você, ouviu o que eu ouvi? - Sim, eu ouvi. - Vá para os campos eternos, Pajé Branco, sua luta na carne terminou. Que Tupã o acolha em seus campos!
- Sim, Grande Mago das Três Cruzes, que o Criador de tudo e de todos o acolha em sua nova morada. A Sereia tinha encantado aos dois também. E quem ouve o canto da Sereia, jamais a esquece. Sempre volta à sua procura, como voltou o Cavaleiro da Estrela da Guia.
FIM
Agora suas lágrimas caem como uma fonte de água morna. -
Eu choro a sua dor e purifico a sua alma. O que veio fazer aqui?
Não foi devolver sua Estrela à sua amada Sereia?
Não chorou tantas vezes à sua amada Sereia?
Será que, se não amasse a sua Sereia, viria atrás dela no momento de sua partida?
Assim como suas companheiras choravam sua ausência durante suas viagens para a distribuição do consolo aos aflitos, você também chorava a ausência da sua Sereia. Era como elas, sentia a ausência de sua Sereia, mas, mesmo assim, nunca abandonou a única coisa que ela lhe deu uma Estrela Encantada, que você guardou como sinal de que ela o amava. Não era assim, Pescador?
- Sim, era assim. Quantas vezes eu vinha atrás da minha Sereia, mas não a encontrava. A única coisa que provava sua existência era sua Estrela Encantada que me consolava na sua ausência. - Assim como suas companheiras, que também se consolavam da sua ausência com o amor que você lhes dedicou. Por que chora com os olhos, Pescador?
Eu já não estou mais derramando lágrimas, são lágrimas suas que correm pelo seu rosto. _ Quem é você, bondosa criatura, que sabe como consolar os aflitos?
Não é uma limpadora de peixes, eu sei que não é. Quem é você, criatura?
- Eu sou aquela que limpa os peixes que devem servir de alimento a seus semelhantes. Devo dar-lhes força para continuarem suas caminhadas na terra. Eu purifico e fortaleço aos guerreiros que lutam com as armas divinas. Eu sou serva obediente do Criador de tudo e de todos. Porque não abres os olhos para ver quem sou, Cavaleiro da minha Estrela?
Você é o meu Cavaleiro da Estrela da Guia. -
Então, você é a minha Sereia Encantada. Pena que não posso vê-la, minha adorada Sereia! - Abra os olhos!
Você pode me ver! Deixe os olhos da carne, e use os olhos da alma. - Sim, eu a vejo agora. Linda como da primeira vez. Por que só agora se mostra para mim?
Por que nunca mais se mostrou quando eu vinha à sua procura? - Porque o peixe ainda estava sendo consumido pelos que tinham fome. Agora que foram servidos, eu venho buscar o peixe para devolvê-lo ao maior dos pescadores. Abrace-me, meu Pescador, eu vou levá-lo até Ele. O Pescador abraçou sua Sereia e teve seu espírito arrancado do corpo de forma suave, após exalar um leve suspiro. Quando sua cabeça pendeu na areia, seus dois amigos, Solda-Manhã e o Cavaleiro das Três Cruzes se aproximaram. -
Você viu, Pajé, o que eu vi?
- Sim, eu vi, Mago. E você, ouviu o que eu ouvi? - Sim, eu ouvi. - Vá para os campos eternos, Pajé Branco, sua luta na carne terminou. Que Tupã o acolha em seus campos!
- Sim, Grande Mago das Três Cruzes, que o Criador de tudo e de todos o acolha em sua nova morada. A Sereia tinha encantado aos dois também. E quem ouve o canto da Sereia, jamais a esquece. Sempre volta à sua procura, como voltou o Cavaleiro da Estrela da Guia.
FIM
Comentários
Postar um comentário